
M. Night Shyamalan é um cineasta que desperta sentimentos extremos tanto no público quanto na crítica especializada. Ao longo de sua trajetória, ele colecionou elogios calorosos e críticas severas, conquistando uma base fiel de admiradores que exaltam sua criatividade, ao mesmo tempo em que enfrenta detratores que questionam a qualidade de seus trabalhos mais recentes.
Apesar das opiniões divergentes, é inegável que Shyamalan ocupa uma posição única no cenário do cinema contemporâneo. Sua habilidade em criar atmosferas tensas, explorar reviravoltas surpreendentes e abordar temas existenciais faz com que seus filmes, mesmo os mais polêmicos, provoquem debates intensos e reflexões profundas.
Pensando nisso, preparamos uma seleção dos dez melhores filmes dirigidos por M. Night Shyamalan, levando em conta a originalidade, o impacto cultural e a recepção tanto do público quanto da crítica. Confira a lista a seguir:
Sexto Sentido (1999)
Considerado por muitos como sua obra-prima, Sexto Sentido foi um marco no final dos anos 1990. O filme impressionou pela construção atmosférica impecável e, claro, pela reviravolta final, que entrou para a história do cinema. O trabalho de Bruce Willis e a atuação marcante do jovem Haley Joel Osment consolidaram o longa como um clássico do suspense.
Corpo Fechado (2000)
Em seu filme seguinte, Shyamalan subverteu o gênero de super-heróis ao contar uma história de maneira sóbria e introspectiva. Corpo Fechado trouxe Bruce Willis e Samuel L. Jackson em performances intensas, explorando a ideia de pessoas comuns com habilidades extraordinárias, muito antes dos filmes de heróis dominarem Hollywood.
Fragmentado (2016)
Com Fragmentado, Shyamalan surpreendeu novamente. O thriller psicológico apresentou James McAvoy interpretando diversas personalidades distintas com maestria. Além disso, o longa revelou, em seu desfecho, uma conexão inesperada com Corpo Fechado, animando os fãs antigos do diretor.
Vidro (2019)
Fechando a trilogia iniciada por Corpo Fechado e continuada em Fragmentado, Vidro reuniu personagens centrais para uma conclusão ousada e cheia de tensão. Embora tenha dividido opiniões, o filme reforçou o compromisso de Shyamalan em construir narrativas fora dos padrões tradicionais.
Sinais (2002)
Em Sinais, o diretor abordou o tema da invasão alienígena de uma forma intimista, focando mais nos sentimentos humanos do que na ameaça extraterrestre em si. Com uma atuação comovente de Mel Gibson, o filme explora fé, medo e redenção com a marca característica do cineasta.
A Vila (2004)
A Vila dividiu opiniões quando foi lançado, mas com o tempo ganhou um olhar mais generoso do público. A história sobre uma comunidade isolada, aterrorizada por criaturas misteriosas, traz uma reflexão profunda sobre medo, manipulação e escolhas.
A Visita (2015)
Após alguns trabalhos mal recebidos, Shyamalan ressurgiu com A Visita, uma produção de baixo orçamento, mas extremamente eficaz. Com doses equilibradas de humor negro e tensão crescente, o filme conquistou crítica e público, marcando uma espécie de renascimento para o diretor.
Fim dos Tempos (2008)
Embora não tenha sido unanimidade, Fim dos Tempos apresenta uma premissa intrigante: a natureza se voltando contra a humanidade. Com um tom de suspense apocalíptico, o longa é uma experiência peculiar, que explora o pânico coletivo de forma quase surreal.
Batem à Porta (2023)
Em seu trabalho mais recente, Batem à Porta, Shyamalan propõe um thriller psicológico em que uma família precisa tomar decisões impossíveis diante de uma ameaça enigmática. Com uma atmosfera sufocante e temas morais complexos, o filme mostra que o diretor continua apostando em narrativas provocativas.
A Dama na Água (2006)
Por fim, A Dama na Água é um dos filmes mais pessoais e oníricos de Shyamalan. A história mistura elementos de contos de fadas e drama humano, num enredo que fala sobre esperança, destino e conexões improváveis. Apesar das críticas na época do lançamento, muitos fãs enxergam o longa como uma obra subestimada.
Mesmo entre erros e acertos, M. Night Shyamalan se mantém como um dos nomes mais autorais do cinema atual. Sua disposição para arriscar e contar histórias fora do convencional garante que, a cada novo filme, a expectativa esteja sempre presente.